A herança maldita de Marcos Rocha: saúde em colapso, segurança fragilizada e mais R$ 1,5 bilhão de dívida para o contribuinte
- norte brasil
- 13 de mai.
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Sem alarde, quase como quem tenta esconder um ato impopular, o governador Marcos Rocha (União Brasil) prepara o cenário perfeito para o futuro que projeta: o Senado. Na bagagem, porém, deixa para o povo de Rondônia um legado de derrotas em setores essenciais como saúde, segurança pública, educação e, agora, uma dívida bilionária que cairá nas costas dos contribuintes.
Na última semana, com mínima repercussão, a Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) aprovou o Projeto de Lei 353/2024, que permite ao governo do estado contrair operações de crédito no montante de até R$ 1,5 bilhão. O valor será, segundo o discurso oficial, destinado a obras de recuperação e ampliação da malha rodoviária estadual. A proposta foi rapidamente sancionada e transformada na Lei nº 6.021/2025, publicada no Diário Oficial sem o devido debate público. De acordo com a Mensagem 265/2023, que acompanhou o projeto, Rondônia conta com 1.500 quilômetros de rodovias pavimentadas e 4.500 quilômetros de estradas não asfaltadas, muitas delas em estado precário. O governo defende que os recursos serão utilizados para reverter essa situação, com foco na pavimentação, construção de pontes e modernização da infraestrutura logística. Mas a realidade parece apontar para outra direção: o uso eleitoral dessas obras, com o propósito de turbinar campanhas de aliados do governador.
Não é coincidência que o anúncio do empréstimo bilionário ocorra justamente às vésperas da desincompatibilização de Rocha, marcada para abril de 2026, quando deixará o cargo para disputar uma vaga no Senado. Ao mesmo tempo, sua esposa ensaia uma candidatura à Câmara Federal e seu irmão, Sandro Rocha, diretor-geral do Detran, sonha com uma cadeira na Assembleia Legislativa – enquanto passeia pela Europa em "missão" oficial que inclui até um jantar medieval, custeado pelos cofres públicos.
Todo o arranjo foi chancelado pela Alero, que pouco se preocupou em expor à sociedade os impactos dessa nova dívida. O silêncio da imprensa, salvo poucas exceções como a coluna do jornalista Wanglézio Braga, do site News Rondônia, contribuiu para manter a população alheia ao que está por vir: um estado ainda mais endividado, já combalido pela eterna dívida do Beron, que continua drenando recursos do erário há décadas.
Ao que tudo indica, o empréstimo bilionário servirá mais para irrigar campanhas e abastecer projetos eleitoreiros do que para, de fato, melhorar as condições de vida da população. A conta, como sempre, será paga pelo cidadão, que assistirá, em um futuro próximo, ao peso desse endividamento refletido em cortes, reajustes e mais arrocho fiscal, enquanto Marcos Rocha poderá, confortavelmente, ocupar uma cadeira no Senado – se as urnas lhe forem favoráveis.

Fonte: RUBENS COUTINHO, EDITOR DO TUDORONDONIA











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