Inelegíveis: ex-deputado de Rondônia e aliado são condenados por compra de votos
- norte brasil
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A Justiça Eleitoral da 7ª Zona de Ariquemes condenou o ex-deputado estadual Saulo Moreira da Silva, o Saulo da Renascer, e Sidnei Ferreira dos Santos pelo crime de corrupção eleitoral previsto no artigo 299 do Código Eleitoral. A decisão, assinada pela juíza Michiely Aparecida Cabrera Valezi Benedeti, concluiu que ambos participaram de um esquema de oferecimento de vantagem financeira a mototaxistas em troca de votos e transporte de eleitores no pleito de 2018.
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Eleitoral, que apontou a promessa de R$ 100 a cada mototaxista. O episódio teria ocorrido em 6 de outubro de 2018, por volta das 18h, nas dependências do Projeto Renascer, localizado na Avenida Perimetral Leste, bairro São Luiz.
A denúncia foi recebida em janeiro de 2020, seguida por audiência de instrução que reuniu testemunhas da Polícia Militar, Polícia Federal, mototaxistas e integrantes da categoria. Após interrogatório dos réus e apresentação de alegações finais, o processo seguiu para julgamento.
Durante a fase instrutória, a testemunha SGT PM Sidnei relatou que a PM recebeu denúncia sobre arregimentação de mototaxistas para fins eleitorais. Disse que, ao vigiar o local, encontrou um grupo numeroso reunido e, no dia seguinte, uma equipe flagrou um mototaxista deixando um eleitor na escola Magdalena. Segundo o policial, esse eleitor afirmou não ter pago pela corrida e recebeu material de campanha acompanhado de pedido de voto.
Em outra frente, a investigação da Polícia Federal analisou conversas extraídas do celular de Sidnei após busca e apreensão judicial. O Relatório de Polícia Judiciária nº 113/2018 indicou diálogo entre o réu e diversos mototaxistas sobre o pagamento de R$ 100 e o transporte de eleitores. Uma das mensagens destacadas trazia a frase atribuída a Saulo: “vai constatando, vê quem vai topar para poder ir lá às 18 horas, tá bom?”.
Outra conversa, enviada por um mototaxista identificado como Gederson Souza, dizia: “o Julimar, o 212, falou que você tava organizando o negócio do Saulo lá pô, para ganhar uns cenzinho.” Na resposta, Sidnei afirmou: “aí amanhã eu vou passar o dinheiro para o pessoal lá.”Em um terceiro diálogo, um interlocutor relata que o próprio Saulo teria informado que Sidnei estava “organizando um esquema para trabalhar no dia das eleições”.

Fonte: Rondôniadinamica











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