O melancólico papel de Jaime Bagattoli no Senado Federal
- norte brasil
- 5 de out. de 2023
- 2 min de leitura
Há exatamente um ano atrás, o estado de Rondônia assistia um novato desbancar grande nomes do cenário político.
Com quase 300 mil votos, o empresário Jaime Bagattoli enterrava de uma vez naquele instante as carreiras políticas de Mariana de Carvalho (REPUBLICANOS), Expedito Júnior (PSD) e Acir Gurgacz (PDT), além de Jaqueline Cassol (PP)
Um ano depois Jaime caiu em “desuso” e aparente não entender ainda a função de um senador da república, perdendo de longe para os colegas de bancada Marcos Rogério (PL) e Confúcio Moura (MDB) quando o assunto é atenção aos municípios e a alocação de emendas parlamentares.
Fechado em seu reduto do agronegócio, Jaime parece ter decidido trabalhar única e exclusivamente para esse publico mais “abastado” que menos necessita de políticas públicas.
São raros para não dizer nulos seus atos municipalistas num estado tão carente de representatividade federal e nas poucas vezes em que é visto, tem defendido o interesse dos grandes latifundiários rondonienses.
Enquanto Marcos Rogério tem sido um braço forte da direta na CPMI, defendendo os manifestantes presos no 8 de janeiro com unhas e dentes e Confúcio cada vez mais municipalista enviando emendas parlamentares “ a rodo” para os 52 municípios, Bagattoli se restringe a momentos apáticos e controversos.
Por falar em controvérsia, recentemente o senador votou a favor do marco temporal, mesmo sendo um dos afetados por ser dono de terras em áreas em que supostamente o governo deverá devolver aos indígenas depois que o STF tomou a decisão final sobre tema.
Em Vilhena, sua cidade base, Jaime tem ficado cada vez mais distante da administração municipal trazendo poucas migalhas para custeio em saúde e nada mais. O prefeito Delegado Flori poderia ter um melhor desempenho a frente da administração se pudesse contar com Jaime, mas parece que não pode.
Na câmara de vereadores então, o cenário parece pior, já que na cidade onde ele obteve maioria esmagadora de votos nenhum parlamentar é sequer filiado ao seu partido e essa recusa deles em migrar ao PL se deve em parte ao papel adotado por Bagattoli de se abster das eleições municipais suplementares no ano passado onde Flori acabou vencendo Rosani Donadon.
No dia a dia do senado, Jaime é considerado um parlamentar do “baixo clero”, uma vez que não preside nenhuma comissão, não participa de discussões relevantes e não integra com firmeza nem mesmo a bancada do agro que ele diz representar.
Enfim, Jaime ainda tem 7 anos para se recuperar desse ostracismo e inércia e começar a trabalhar se quiser fazer carreira na política, mas o problema parece estar mesmo nele que não demonstra nenhuma vontade em fazê-lo.
Por ultimo e não menos importante, nossa redação verificou que o feito mais importante de Jaime nesse primeiro ano de mandato foi receber a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro enquanto estava internado para tratamento de saúde.

Coluna do Norte Brasil











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