Escola Aikanã em Chupinguaia: Alunos e professores convivem com estrutura precária e falta de condições dignas
- norte brasil
- 3 de jan.
- 3 min de leitura
Localizada na comunidade Rio do Ouro, a escola enfrenta sérios problemas de infraestrutura, com alunos precisando usar guarda-chuvas dentro da sala de aula durante a chuva e profissionais em condições de trabalho inadequadas. A população cobra providências urgentes das autoridades locais.
Na comunidade Rio do Ouro, no município de Chupinguaia, a Escola Aikanã enfrenta uma situação crítica que põe em risco o aprendizado e a saúde dos alunos e professores. Com uma estrutura de madeira deteriorada, a unidade de ensino precisa de reformas urgentes para oferecer condições mínimas de segurança e conforto. A situação é ainda mais grave quando se considera que os estudantes, muitos deles provenientes de localidades distantes, são forçados a percorrer quilômetros a pé para chegar à escola.
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Durante o período de chuvas, os alunos são obrigados a utilizar guarda-chuvas dentro das salas de aula, pois o telhado da escola apresenta vazamentos significativos. “É difícil estudar assim, ficamos com medo de que a água acabe molhando nossos materiais ou até machucando alguém”, falou um estudante da escola.
A estrutura da Escola Aikanã ainda é de madeira, que está podre e comprometida pelo tempo. Muitas paredes e telhados apresentam sinais evidentes de deterioração. As condições de segurança são alarmantes, e especialistas alertam para os riscos de acidentes que podem ocorrer, como desabamentos parciais ou total da estrutura.
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Os alunos da escola enfrentam desafios além das precárias condições físicas da unidade. Muitos deles vêm de comunidades rurais vizinhas e precisam caminhar longas distâncias para chegar à escola. A jornada, que pode chegar a mais de 6 km por dia, torna-se ainda mais difícil devido ao estado das estradas e das dificuldades do trajeto, especialmente em dias de chuva.
“É um sacrifício todo dia. Às vezes a gente chega na escola cansado e com os pés molhados, porque as estradas não são boas”, diz outro aluno da instituição.
Os profissionais da educação também enfrentam dificuldades. As condições de trabalho são insustentáveis em um ambiente que não oferece segurança nem conforto. Além disso, a falta de estrutura para o atendimento adequado aos alunos dificulta o trabalho pedagógico, comprometendo a qualidade do ensino.
“É desolador ver que não temos nem o básico. Muitas vezes temos que improvisar para conseguir dar aula. A falta de condições afeta o desempenho dos alunos e a nossa motivação”, lamenta um professor , que leciona na escola há anos.
A situação da Escola Aikanã exige uma resposta urgente das autoridades que é sob a gestão da Superintendência de Vilhena, ainda não tomou providências significativas para resolver o problema da infraestrutura da escola. A comunidade local cobra uma ação mais eficaz por parte dos representantes municipais, que devem garantir que a educação no município seja oferecida em condições dignas e adequadas.
“Não podemos mais esperar. Os alunos merecem ter um lugar seguro para estudar, e os professores precisam de condições adequadas para ensinar. Já fizemos diversas solicitações, mas a situação continua a mesma. Precisamos de apoio”, afirmou o líder comunitário da região.
A população da comunidade Rio do Ouro não está mais disposta a esperar passivamente. Movimentos locais e pais de alunos começaram a se mobilizar, realizando reuniões e buscando apoio de parlamentares estaduais e federais para que a reforma da Escola Aikanã seja realizada com urgência.
É inaceitável que uma escola que atende a alunos de áreas distantes e até mesmo indígenas, que já enfrentam tantos desafios, seja obrigada a lidar com uma estrutura precária e insalubre. A comunidade clama por uma ação imediata das autoridades, para que seus filhos possam estudar em condições mínimas de dignidade, segurança e conforto. A educação é um direito fundamental, e a falta de infraestrutura não pode ser mais uma barreira para o futuro dessas crianças.

Por Almi Coelho/Alerta Rondônia











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