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Vereadora de Porto Velho expõe autora de literatura afro-brasileira e divide opiniões nas redes sociais

  • Foto do escritor: norte brasil
    norte brasil
  • 27 de mar.
  • 2 min de leitura

A vereadora Sofia Andrade (PL), de Porto Velho, publicou em suas redes sociais um vídeo denunciando o que chamou de "evento de cunho religioso" realizado em uma escola municipal, financiado com recursos públicos da Funcultural. No vídeo, Sofia afirma: "O Estado é laico, mas eu sou cristã", enfatizando que apresentou um projeto de lei exigindo autorização prévia dos pais para que seus filhos participem de atividades religiosas escolares. Sofia complementa afirmando: "Não podemos ser afrontados dentro do município de Porto Velho. Estou aqui defendendo nossas crianças e as famílias. Precisamos de responsabilidade nas escolas para garantir que os pais sejam previamente informados e autorizem ou não a participação dos filhos em eventos religiosos, sejam eles palestras, cultos ou festas"


A atividade mencionada pela vereadora foi uma apresentação do livro infantil "Meu Terreiro, Meu Axé!" na Escola Joaquim Vicente Rondon. Segundo Zeneida de Navêzuarina, responsável pelo livro, o evento teve como objetivo apresentar às crianças a importância da representatividade e do respeito à diversidade religiosa desde a infância, contribuindo para combater a intolerância através da educação.


A publicação rapidamente dividiu opiniões no Instagram da parlamentar. De um lado, apoiadores elogiaram sua iniciativa, destacando a necessidade de controle dos pais sobre o ensino religioso oferecido às crianças. Comentários favoráveis reforçaram o discurso da vereadora, destacando que "os pais precisam estar cientes do que se passa em sala de aula" e que a medida representa um "excelente posicionamento". Outro seguidor afirmou que a iniciativa visa proteger as crianças da influência religiosa sem o consentimento familiar, dizendo: "Aos poucos tentam influenciar as crianças; precisamos que os pais sejam consultados previamente sobre esses temas."


Alguns seguidores destacaram a importância da coerência na aplicação da medida proposta, ressaltando que deve abranger todas as religiões, não somente aquelas que desagradam a vereadora. "Se vamos fazer por um, façamos por todos. Direitos iguais", defendeu outro usuário. Também foi destacada a preocupação com a aplicação justa da medida: "Se fosse uma oração cristã, não haveria discussão. A regra deve valer para todas as religiões, inclusive as majoritárias."


Por outro lado, críticos à proposta acusaram Sofia de intolerância religiosa, destacando que sua atuação foca especialmente nas religiões de matriz africana. Comentários críticos tiveram grande engajamento, como o que afirmou: "Só ouvi intolerância religiosa, pois se fosse um padre ou pastor ministrando, tenho certeza que a vereadora não se importaria." Outro seguidor foi mais incisivo, afirmando: "É intolerância religiosa disfarçada de defesa da família. Isso nunca incomodou quando era a sua religião."


Diversos críticos também destacaram o papel laico do Estado e cobraram coerência da vereadora, apontando contradições em seu discurso. Um seguidor pontuou claramente: "O Estado é laico, mas a vereadora quer autorização prévia somente quando são religiões de matriz africana. Isso é hipocrisia." Outro comentário relevante questionou o compromisso da parlamentar com questões práticas: "A vereadora deveria usar o tempo e recursos públicos para algo mais útil, como criação de creches, espaços de lazer e atenção básica à saúde."


Zeneida denunciou ainda que sofreu diversos ataques racistas e preconceituosos após a publicação. "Desde o lançamento do livro, tenho recebido mensagens racistas e preconceituosas. As coisas se intensificaram na segunda-feira, dia 24 de março", afirmou. Ela relatou tentativas de derrubada de suas redes sociais e ameaças, expressando medo por sua segurança e pedindo intervenção urgente das autoridades municipais. 


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Fonte: Rondôniagora

 
 
 

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